Arton sobreviveu por muitos e muitos anos até o presente, às vésperas do seu aniversário de 3000 anos. Neste vasto período de tempo muito eventos grandiosos ocorreram, frutos de ações de simples humanóides, forças sobrenaturais ou Deuses Maiores. Desde a chegada dos primeiros elfos ao continente Sul até o Despertar do Terceiro Deus pode-se dizer que seus habitantes viveram seus momentos mais tranquilos e felizes. Após eventos de tamanha relevância, porém, tempos ameaçadores estavam por chegar. A Sucessão, desencadeada pelo Deus, na época conhecido como Sszzaass, levou a morte alguns dos mais poderosos Deuses Maiores do Panteão, entre ele o líder, Khalmyr. Após Nimb assumir o trono o mundo mergulhou no que ficou conhecido como a Era do Caos, tempos de sofrimento e loucura que culminaram na chegada dos Deuses Impossíveis da Tormenta a Arton. O fim destes tempos terríveis vieram com o Caminhar da Destruição e a Segunda Sucessão, quando o panteão foi novamente reformulado, a Tormenta foi banida com seus Deuses, as Entidades sugiram e o mundo retornou a consciência. O período seguinte ficou conhecido como O Grande Desenvolvimento. A tecnologia prosperou e se difundiu, grandes nações emergiram e desapareceram, as sociedades humanóides evoluíram e cobriram o mundo, e a guerra... Ah, a guerra. Tudo eram guerras naquele tempo. A Paz havia morrido na Segunda Sucessão; a Trindade Dracônica guiava seus devotos sob os preceitos dos poder; a Mãe Natureza, agora mais selvagem do que nunca; A conversão da Deusa da Vida em Guerreira do Bem; e a maioria de Deuses do Panteão belicosos e malignos impulsionaram Arton a evoluir pela guerra. Quando os Anjos vieram com seus corpos metálicos de quilômetros de extensão e despejaram destruição sobre toda Arton, os três continentes (Ramnor, Lamnor e Imnor) se levantaram em resistência e os baniram deste mundo. Que espetáculo foi aquele! Ver os Sumos Sacerdotes, Deuses Menores e campeões dos mundo se elevarem aos céus e derrubarem os desgraçados em meio a fogo, e mana foi glorioso! Felizardos aqueles que presenciaram e não sobreviveram para ver o que sobraria do mundo. A destruição varrera milhões de almas, milhares de quilômetros de terras e devolvera algumas partes do mundo de volta a idade da pedra. O maior espólio daquela guerra foi a tecnologia de manapropulsão. Agora, enquanto o mundo tenta se reerguer, alguns dizem que não há mais como viver neste planeta e migram para outros corpos do Sistema Solar.
É neste cenário que nos encontramos hoje. As Colônias extra-artonianas aumentam em número, habitantes e importância. A cidade das máquinas, Z1, prospera rapidamente e ameaça os Países Coligados e o Governo Mundial com suas armas capazes de igualar a destruição dos Anjos. As Terras Devastadas no centro de Ramnor são um lugar de barbárie nas liças e arenas assim como nas vastas planícies dominadas por gangues de motoqueiros. Em Imnor, as Terras da Magia, aqueles diversos povos exóticos vivem agora em uma paz tensa. A nação élfica de Lennorienn, mais poderosa do que nunca tem sua Deusa entre eles. O Deus do sobrenatural, C'hulagen, antigo Aharadak envia seu servos invisíveis para seduzirem homens para integrarem seu culto inexistente. As Terras Sem Entidade continuam a pagar penitência por seu pecado contra o Pilar do Multiverso, decadentes e mutantes. E as outras terras continuam cada uma com seus problemas, heróis, vilões e histórias. E Arton continua sendo um mundo de problemas.
Texto adaptado da entrevista de Taymyr Okhot, Mestre do Conhecimento e Sacerdote de Tannah-Toh, à Rede NOVA de Comunicações.